terça-feira, 5 de outubro de 2010

Mensagem do P. Pedro Pedro aos paroquianos de Ceira no final da celebração da entrada na paróquia (3 de Outubro de 2010)

Caros paroquianos, e é a vós que me quero dirigir de modo particular,




A mudança de pároco é sempre um momento de expectativa da parte dos paroquianos e da parte do novo pároco. Como é que vai ser? Confesso que estava um pouco apreensivo. É sempre difícil uma mudança. Tranquilizou-me a palavra da primeira leitura da missa de ontem do livro do Êxodo (Ex23, 20) que dizia: “Vou enviar um anjo à tua frente, para que te proteja no caminho e te conduza ao lugar que preparei para ti”.

Em primeiro lugar quero partilhar convosco que me sinto pequeno e pobre para a missão que me é confiada. Como diz São Paulo (2 Cor 4, 7) transportamos em vasos de barro um tesouro que nos ultrapassa infinitamente: anunciar a Palavra de Deus, tornar presente e partilhar o Corpo e Sangue de Cristo, perdoar os pecados em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo, ser sinal e presença do Bom Pastor no meio do seu povo.

Ao mesmo tempo confio Naquele que me chamou e me configurou com Consigo através da ordenação sacerdotal: Jesus Cristo! Peço-lhe a graça de ser um padre segundo o Coração de Jesus! Bom pastor à imagem do Bom Pastor! E para isso peço e conto com as vossas orações!

Qual é o plano pastoral para paróquia?

É o mesmo da Igreja Universal e da nossa diocese de Coimbra: fazer com que cada baptizado viva plenamente o seu baptismo e desse modo testemunhe e anuncie Jesus Cristo àqueles que não O conhecem ou que estão afastados!

O ponto de partida é o encontro com Cristo e a união com Cristo. Sem estarmos apaixonados por Cristo, sem vivermos no dia a dia em intimidade com Cristo na oração e na adoração não teremos nem o desejo nem a força para testemunhar e para anunciar.

Do encontro e da intimidade com Jesus na oração nasce o amor e a compaixão por aqueles que sofrem material e espiritualmente.

Isso leva-nos a uma caridade efectiva expressa em gestos concretos e ao anuncio de Cristo junto daqueles que não o conhecem.

Relativamente à paróquia teremos de ver em conjunto o modo de o fazer individualmente e nos vários grupos que existem.

É sempre bom questionarmo-nos se o que fazemos e vivemos está efectivamente a ser anúncio de Jesus Cristo. Ou se estamos a fazer as coisas assim porque “sempre se fez assim” ou então se gastamos o nosso tempo e as nossas energias numa “pastoral de manutenção” que não nos leva a lado nenhum, ou como nos alertava o papa quando este cá em Maio leva-nos a “um cansaço da fé”, a uma fé superficial que não cativa nem dá testemunho.

Nosso Senhor através do senhor bispo enviou-me para aqui para caminhar convosco isso significa que vamos rezar juntos, vamos viver a caridade cristã juntos, vamos testemunhar e anunciar a fé juntos.

Eu não sei, não posso nem quero fazer as coisas sozinho, aliás isso não seria a Igreja.

Conto por isso com cada um de vós, com a vossa oração mas também com a vossa disponibilidade para servirdes o Senhor concretamente na nossa paróquia de Ceira.

A primeira obrigação do padre é rezar e rezar por aqueles que lhe estão confiados por isso podeis contar com a minha oração por cada um de vós. E podeis contar com a minha disponibilidade para servir o Senhor e cada um de vós nesta porção da diocese de Coimbra que é a paróquia de Ceira.

Uma palavra ainda para os escuteiros que são numeroso nesta paróquia. Fiz a minha promessa de explorador a 10 de Junho de 1978 no agrupamento 52 de Santarém e se hoje estou aqui como padre também o devo aos escuteiros!

Que Nossa Senhora da Conceição interceda por nós!

Deus vos abençoe!

Obrigado a todos!



Pe. Pedro Pedro